sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ESTAMOS EM CARTAZ!!!


N8 Coletivo Teatral e Ventania Cultural convidam:
TANATORIUM - TEMPORADA DE ESTREIA
:: INGRESSOS ANTECIPADOS ---> http://migre.me/uozIS
:: EVENTO FACEBOOK ---> http://migre.me/uy87g
“A morte não é traiçoeira como os homens. A morte não mata ninguém.”
Dois médicos hipnotizam uma mulher a beira da morte, dois irmãos assistem sua casa ser tomada, uma mulher cai de um cavalo e se transforma em planta. Essas e outras histórias formam Tanatorium, adaptação de seis contos da literatura fantástica para o palco, em que dois atores dão vida a múltiplas personagens que, de alguma maneira, estão rodeadas pela morte.
:: SERVIÇO
+ de 13/08 a 04/09 (sábados 21h, domingos 19h)
+ Teatro Pequeno Ato - R. Teodoro Baima, 78, Vila Buarque. Próx. metrô República. (o teatro possui bar e estacionamento próximo ao local)
+ R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia)
+ Classificação indicativa: 16 anos
+ Duração: 90 minutos
+ Apoios: Unibes Circus Hair Planeta's Restaurante Cantina Luna di Capri

terça-feira, 19 de abril de 2016

Pílula Catártica N. 5



Uma dança silenciosa.
Um pedido desesperado de ajuda.
Um grito silencioso de liberdade

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Pílula Catártica N. 4


Uma mulher está sentada sozinha em sua casa. Sabe que não há mais ninguém no mundo: todos os outros seres estão mortos. Batem à porta.
(Sozinha com sua alma - Thomas Bailey Aldrich)

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Pílula Catártica N. 3


Empoeirando nossa memória, limpando nossos mortos.
Uma casa tomada.

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terça-feira, 5 de abril de 2016

Pílula Catártica N. 2


(...) cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas


(Carlos Drummond de Andrade - Congresso Internacional do Medo)

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sexta-feira, 25 de março de 2016

Pílula Catártica N. 1


A morte não é traiçoeira como os homens. É como uma ave carnívora, um abutre, um urubu talvez, que espreita sua vítima e só a engole depois que o próprio tempo tenha feito sua parte

O TEMPO É IMPLACÁVEL!

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terça-feira, 8 de março de 2016

Às mulheres que viraram pó


POR LIPE LIMA

ELA
Se eu tivesse pelo menos barba perceberiam e pela barba tentariam inutilmente arrancar-me dali, mas eu já compunha o que comecei a chamar de lar ecossistêmico. O solo amado eu integrei com minhas contusões e meus cílios postiços, invisível e exibida, tornei-me deus.
(trecho de Fantasmagoria Carne, de Paloma Franca Amorim)

***

Há alguns anos comecei a questionar o porquê desejar "Feliz dia da mulher" para as mulheres que me rodeiam. De repente, longe das rosas que pintávamos e confeccionávamos para nossas mães na escola, comecei a achar estranho, a desconfiar da existência desse dia.

Foi então que, pela primeira vez, sentado em uma mesa de bar, uma amiga me contou a história de mulheres operárias que em um 8 de março morreram queimadas dentro de uma fábrica por estarem reivindicando direitos igualitários no trabalho.

Viraram pó como a personagem que diz a fala acima. Viraram pó porque não tinham barba - e tenho certeza que nem queriam ter. Queriam apenas que tal ausência (da barba) não se tornasse o norteador de suas vidas, não significasse a ausência total de suas existências fora da vida doméstica, invisibilidade e menosprezo.

Demorei, confesso, a perceber como essa cena tratava disso. Foi Barbara que me abriu os olhos. Claro! Ela é mulher e eu, homem que sou, não notei como era significativa a mudança da personagem para o feminino (no conto original, de Santiago Dabove, é um homem que se torna planta e, posteriormente, pó). É uma mulher que se transforma em planta e que pela ausência de barba não é notada, não é vista, é pisoteada por homens, como eu, que passam por ali.

Uma mulher ou o progresso? é a pergunta final da personagem masculina, dotada do poder científico, dessa dita superioridade que ainda acreditamos ter em diversas situações.

Ouso dizer que, atualmente, ambas as palavras são sinônimas pra mim. Não o progresso com significado histórico, esse que passa por cima de todos e incendeia fábricas com mulheres presas – desse progresso capitalista tenho receio, principalmente por estar tão perto, tão dentro dele - mas o progresso que vai, finalmente, descartar as diferenças sociais e culturais entre homem e mulher e nos fazer entender, de uma vez por todas, que somos todos gente.

Não desejo “Feliz dia da mulher”.
Pra mim, não é um dia feliz. 
Não é um dia de comemoração.
É um dia de pensarmos como, diariamente, a gente prende as mulheres com as quais vivemos e as queimamos vivas – e aqui falo na metáfora, apesar de saber que, infelizmente, em alguns lugares não muito distantes, elas são sim queimadas sem metáfora alguma, mas com a dor e ardência que só alguém que precisa lutar para existir pode sentir.

quarta-feira, 2 de março de 2016

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Tanatorium no Catarse


Depois de 1 ano e meio de trabalho e pesquisa, finalmente entramos na reta final da montagem da nossa nova peça: Tanatorium.

Durante todo esse tempo trabalhamos sem financiamento ou patrocínio de ninguém, contando apenas com ajuda dos amigos e parceiros que acreditam no nosso trabalho e se dispuseram a nos ajudar.

Mas agora chegou a hora! Pra fazer essa peça acontecer do jeito que queremos que ela aconteça, pedimos a ajuda de vocês. Precisamos confeccionar figurinos, construir cenários, comprar equipamentos de luz e de som. Tudo pra que o espetáculo aconteça de maneira impecável.

Qualquer doação é bem vinda, qualquer ajuda na divulgação também. Contamos com a ajuda de todos para conseguir construir o nosso Tanatório o mais rápido possível e convidá-los para desvendar, junto com a gente, os mistérios desse lugar.

Cliquem no link abaixo e acessem nossa página no catarse.

Toda nossa gratidão e afeto.

Forte abraço,
N8 Coletivo Teatral.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Carta a um melhor amigo...

Caro amigo,
mais uma vez faltamos com a nossa palavra. Sei que você já deve nos convidar com a desconfiança daqueles que já foram enganados por muitas e muitas vezes. Sei também que minhas palavras já não devem convencê-lo da veracidade de minhas desculpas. Eu mesmo não acreditaria que, por mais de quinze anos, meus “melhores amigos” (nem sei se ainda merecemos tão honroso título, meu caro amigo) nunca conseguiram me visitar nos aniversários, no meu casamento, no nascimento de meu filho (Como vai o pequeno Dodô?).
Exatamente por saber que de nada mais vale minhas palavras é que lhe envio a notícia, documento incontestável, de nosso último fracasso.
Já estávamos no ônibus, eu e Julieta, malas despachadas, indo até o avião quando uma funcionária, desconcertada, nos avisou do ocorrido. Eu ainda perguntei a ela “O avião foi sem a gente?” e ela apenas disse “É”.
Mais uma vez. Mais uma vez.
Nossas malas chegarão e nós permaneceremos.
Julieta manda beijos à Ofélia e diz ainda guardar o guia de Moscou. Ainda tem esperanças de devolvê-lo em mãos. Eu nada mais prometo, meu amigo.

Um fortíssimo abraço, 

Fourmi.

*Nosso figurinista Tulio Costa nos mostrou essa notícia que saiu hoje no UOL.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/02/04/aviao-decola-para-o-rj-e-passageiros-sao-esquecidos-em-aeroporto.htm

domingo, 31 de janeiro de 2016

Cafés Filosóficos


Nesse café filosófico, Eduardo Viveiros de Castro fala sobre a teoria do perspectivismo e de como os povos indígenas olham para a morte e para os mortos. 
A morte nunca é experimentada. Quem morre é o outro. Não há conhecimento prático dela. Quando ela acontece, já não estamos lá para experimentá-la. Dessa forma, ele apresenta a noção de "qualidade", ou seja, que a morte sempre é experimentada como quase acontecimento - narra-se sempre uma quase morte. 


Já nesse café filosófico, Marcia Tiburi fala sobre a Tanatopolítica, conceito introduzido por Michel Foucault que calcula a relação entre o poder e a morte na sociedade. Ela aborda conceitos como corpo físico e corpo vivente, mera vida e os grandes genocídios que ocorreram no séc. XX e que demonstram como a morte ainda é reguladora do poder social nos dias de hoje. Uma análise interessantíssima sobre a morte e sua ligação com a sociedade contemporânea.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Recomeçar...

Depois de alguns dias de férias, amanhã vamos recomeçar os ensaios da peça.
Um reencontrar esperado e cheio de vontade.
Estamos entrando na reta final.
Em breve convidaremos todos para visitarem o nosso Tanatorium.

Que 2016 seja fantástico e com muitas dúvidas!!!