quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Entre a pantera e o corvo.

Nossos últimos ensaios foram sem a presença da diretora.
Na 2a feira, Luiza nos provocou para encontrarmos, cada um em seu corpo, qual o estado da sua dúvida? Pra isso ela pediu que cada um trouxesse referencias pessoais e subjetivas do que significava ou como você se relacionava com a dúvida.
Na sala de ensaio, como disparador poético, ela trouxe uma matéria da Ilustríssima, de um fotógrafo brasileiro chamado Arthur Omar.


A partir dessa matéria discutimos a efemeridade da dúvida, a possibilidade de transitarmos entre a pantera negra e o corvo em nossos corpos, na nossa cena, em todo nosso processo. Assim como nas fotografias de Omar, as imagens aparecem e se transformam em frações de segundos, a cena duvidosa pode se constituir dessas imagens em constante deslocamento.
Para existir a dúvida é preciso existir a certeza. É o deslocar-se de um para o outro que gera o pensamento.
Poderíamos materializar esse deslocar-se imaterial através das imagens formadas pelos nossos corpos?

De toda discussão, chegamos a um novo verbete do nosso Léxico da Dúvida.

Corpo fugidio: Estado do corpo em constante devir, que oscila entre dúvida e certeza, que oscila entre pantera-negra e corvo.

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