Nossos
últimos ensaios foram sem a presença da diretora.
Na 2a
feira, Luiza nos provocou para encontrarmos, cada um em seu corpo, qual o
estado da sua dúvida? Pra isso ela pediu que cada um trouxesse referencias
pessoais e subjetivas do que significava ou como você se relacionava com a
dúvida.
Na sala de
ensaio, como disparador poético, ela trouxe uma matéria da Ilustríssima, de um
fotógrafo brasileiro chamado Arthur Omar.
A partir
dessa matéria discutimos a efemeridade da dúvida, a possibilidade de
transitarmos entre a pantera negra e
o corvo em nossos corpos, na nossa
cena, em todo nosso processo. Assim como nas fotografias de Omar, as imagens
aparecem e se transformam em frações de segundos, a cena duvidosa pode se
constituir dessas imagens em constante deslocamento.
Para
existir a dúvida é preciso existir a certeza. É o deslocar-se de um para o
outro que gera o pensamento.
Poderíamos
materializar esse deslocar-se imaterial através das imagens formadas pelos
nossos corpos?
De toda
discussão, chegamos a um novo verbete do nosso Léxico da Dúvida.
Corpo fugidio: Estado do corpo em constante devir, que oscila entre dúvida e certeza, que oscila entre pantera-negra e corvo.
Corpo fugidio: Estado do corpo em constante devir, que oscila entre dúvida e certeza, que oscila entre pantera-negra e corvo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário