POR LIPE LIMA
Sexta
passada fizemos uma travessia “acidental”.
Meio que
sem querer, acabamos passando por todos os contos de uma só vez. No ensaio
estavam eu e Barbara, Pedro e Caio na música.
A pedido
de Olívia, que não estava naquele ensaio, farei uma descrição objetiva das
transições que fizemos entre alguns contos. Transições quase inexistentes, que
transformam ao invés de romper.
Os
Vencedores de Amanhã -> Ser pó
Knocker
agora é um cavalo. Viveu sua trajetória como um cavalo (confundindo-se com um,
ou sendo um mesmo). Sua morte se dá como resultado de uma longa cavalgada – ou
pelo cansaço da atriz que não aguenta mais e escorre pro chão. Nesse momento,
Knocker já virou aquele que se transformará em cacto.
Ser pó
-> Valdemar
O cacto
vive seus instantes de agonia. Ele vai virar pó. Sabe de seu destino inevitável
e decide se submeter ao processo proposto pelo hipnotizador. O hipnotizador
então “acomoda” sua cobaia e prepara o experimento.
Valdemar
-> Casa Tomada
É um momento
de clímax. O hipnotizador faz a contagem para que Valdemar saia do transe e
finalmente esteja livre pra morrer. 3, 2, 1; a gosma cai do alto (no improviso
usamos água mesmo). O hipnotizador desce, pega um pano e começa a limpar a
casa. Irene sai pra se secar. O irmão conversa com o público, conta histórias
sobre a casa e sobre a irmã.
Casa
Tomada -> Sozinha com sua alma
Irene se
levanta enquanto o irmão sai de cena. Ela fica sozinha na casa. Dança com um
emaranhado de lãs e fios que estão enroscados nos móveis. Prende-se nos fios.
(dar a condição solitária da mulher foi difícil. Recorremos a frase “estou
sozinha no mundo”) Alguém bate na porta. A música ajuda a tensão, como num
filme de suspense. Ela caminha em direção a porta e arrasta com ela todos os
móveis aos quais ela está presa pelos fios. Quando abre a porta, a peça acaba.
NOTA
MENTAL: Esse não é um processo colaborativo.
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