Ontem começamos uma série de experimentos cênicos
com a nossa dramaturgia: Fantasmagoria
Carne.
Começamos pela CENA 1 – O ACIDENTE, baseada no conto
Ser pó, de Santiago Dabove.
- Daí para frente o corpo não mais respondeu. Socorro nunca veio. Se veio, eu não notei. Vertida sobre o ninho natural, começo a perceber meu corpo se fundir aos valores orgânicos da terra.
- Que tristeza! Ser quase como a terra e ter
ainda esperanças de andar, de amar. Está se difundindo, logo vai virar
defunta. Que planta estranha é sua cabeça! Vai ser difícil que depois de
morta ela mantenha a singularidade natural em segredo. Os homens descobrem
tudo, até uma moeda de dois centavos enlameada.
(trechos de
FANTASMAGORIA CARNE, de Paloma Franca Amorim)
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fotos tiradas por Luiza Meira Alves no ensaio do dia 13/jul/2015 durante experimento cênico.